Todos os cidadãos, independentes de credo, raça ou etnia tem seus sonhos. Um deles e talvez o maior é o de ser bem sucedido na sociedade em que vive. Se esforça, estuda e busca um bom emprego ou cria uma forma de se manter em destaque.
Isso me faz lembrar de um senhor, sem estudo, conhece apenas uma cidade que fica mais perto da sua terra natal. Ele nasceu, cresceu e teve sua vida normal. Seus filhos casaram, sua esposa o abandonou e ele continuou a vida sem problemas. Sempre teve sua lavoura, plantando mandioca, batatas, mamão, cana-de-açúcar, arroz, enfim, sua lavoura de subsistência.
Atualmente ele está aposentado, mas não desistiu da sua lavoura e o mais interessante é que pude observar um intenso movimento de pessoas da comunidade em sua casa. Pesquisei e o motivo daquelas visitas é para comprar o que o velhinho produz na sua lavoura, como se só em seu terreno fosse possível plantar.
Voltando à questão dos sonhos: atualmente o nosso país tem um grande número de indígenas nas universidades, graduandos, mestrandos, doutorandos e pós doutorandos. Todos eles, contando comigo, temos diversos sonhos, como já explicitei anteriormente. E onde podemos tornar nossos sonhos em realidade?
Os concursos públicos são nosso alvo, mas aqui no Estado de Mato Grosso do Sul, muitos sonhadores indígenas estão tendo grandes frustrações ao se inscreverem, pois os editais apresentam a opção de cotas para índios e negros, mas na realidade, na hora que de tomar posse, descobre-se que aquela vaga, na verdade era só para dizer que a lei foi cumprida. Imagine que numa certa cidade tem 12 vagas e o numero das mesmas para indígenas é de 0,36 - ou seja, a vaga não existe e o indígena aprovado não pode assumir por que não há vaga para ele.
Sabe-se que vários casos desse tipo estão acontecendo em concursos públicos no MS, porém agora o movimento indígena está se posicionando e tenho certeza que resolveremos a questão com justiça.
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